Meu nome é Nicole Sourient. 😎 Por muito tempo acrescentei um nome no meio, me identificando como: Nicole "Auto-Boicote" Sourient. Péssimo, eu sei.
Hoje eu vim aqui falar sobre isso porque talvez você precise ler sobre isso, mas, sobretudo, porque eu mesma preciso (kkkcrying).
Bom, eu cansei de autopromover o caos e a insatisfação na vida. Cansei de olhar no espelho e ver uma pessoa ali que não reconheço e, portanto, não posso amar. Me inscrevi no PMP ano passado, no meio de um dos poucos momentos de esperança em ser/me tornar diferente. Acredito que foi a vibe de fim de ano que nos deixa confiantes que uma mudança no calendário pode promover mudanças milagrosas de um dia para o outro, mas... não foi assim.
O ano mudou e pasme, não ouve nenhuma mágica no ritual de passagem. Acordei tão cansada, demotivada e improdutiva como em novembro de 2023 (já que em dezembro a animação da falsa esperança até que me deixou em um estado melhor).
Corta pra abril de 2024, quatro meses atrasada na criação das minhas metas do ano, atrasada para fazer meu tão sonhado quadro dos sonhos, atrasada para entrar nas calças e roupas que deixei de usar quando engordei. Puxa... frustração e mais frustração. Abril de 2024, cada dia mais perto de fazer 37 anos e me sentindo a mesma pessoa de vinte anos atrás, sem a parte boa de sonhar, conquistar e realizar.
Preciso falar sobre autossabotagem porque eu CANSEI.
Domingo reatrasado eu caí! Me obriguei a ir em um compromisso (desses que não queria ir, mas sabia que era importante ir) e ao deser do carro caí feito um saco de batata no chão. Chorei, ri, sangrei e me esfolei. Chorei de novo, e de novo! E quando me toquei que o choro não era pelo joelho aberto, nem pela calça nova rasgada, muito menos pelo celular (e ferramenta de trabalho) quebrado, mas sim pela falta de vontade, pela frustração, pelo medo e por tudo de ruim que andava me assombrando, eu chorei mais ainda. Deixei chover, deixar lavar e... cá estou aqui, uma semana depois, escrevendo esse texto para tentar dizer que as vezes a gente precisa cair mesmo para se levantar e movimentar o corpo. Só é possível cair ao estar em movimento, e só é possível ir para frente se estiver em movimento... quedas fazem parte do caminho, nos lembram quem viver dói, mas que se dói é porque estamos vivas e podemos então determinar outros caminhos, outras experiências...
Na segunda passada me inscrevi em uma aula gratuita de beach tennis aqui perto de casa, comecei a escrever minhas metas, voltei a me exercitar, a estudar e a tentar melhorar a qualidade do meu sono. Minhas roupas ainda não cabem, mas eu estou me encaixando de volta no meu corpo, o que é extremamente satisfatório. O peso na balança talvez tenha até aumentado, mas me sinto mais leve e repleta de esperança.
Poderia dizer que estou quinze dias atrasada para o nosso desafio de abril, mas me considero quinze dias adiantada para enfim realizar o desafio antes de chegar ao fim do mês e me blindar dem mais uma vez, sentir o fracasso doendo no peito e nos ombros.
Adeus autossabotagem, não foi nada bom enquanto durou e não espero te ver nunca, nunca mais!
Um beijo de liberdade,
Nicole Sourient 😎