Mayara Masae Kubota Postado 9 de Abril de 2025 Postado 9 de Abril de 2025 Olá {H's}! Hoje aconteceu algo comigo que eu, instantaneamente peguei o celular para ligar para meu amigo e só me dei conta de que ele não atenderia quando caiu na caixa postal. Primeiro veio a vontade de mandar uma mensagem no whats o xingando... rsrsrsrs como sempre fazíamos quando um não atendia o outro, uma mensagem assim: (Hey, está dando na esquina para não atender a ligação sem ser por whats?) Tínhamos um código, se fosse importante, ligaríamos por ligação normal, sem ser por whats e se o outro não puder atender, manda a mensagem com o emoji 😶🌫️. Mas daí me dei conta que ele jamais atenderá novamente, ele morreu... E agora, depois de um mês, senti o vazio, o verdadeiro vazio, parece que a ficha caiu e eu senti tudo ao mesmo tempo. Respirei fundo e parei para refletir e me senti como o Sísifo de Albert Camus, empurrando a pedra ladeira acima e aprendendo a desfrutar seu destino, um vaivém infinito. Aprendendo a desfrutar a perda se é que isso é possível, mas não vejo outra forma de lidar com isso... Porque sempre, sempre surge uma pedra no meio do caminho! Por aqui, estou tentando trocar a autocomiseração por esperança, a esperança de um dia eu não pegar o celular como fiz hoje, mas apenas fechar os olhos e conversar com ele. Desde que ele se foi eu tenho estudado sobre esperança. Esperança como emoção e filosofia; sua diferença da fé, sua semelhança com o "sentimento do mundo" que eu acredito ser o mais importante numa época de tanta transformação e medo como temos vivido ultimamente. A pedra, a ideia de Sísifo, a poesia concreta da vida desfaz dos nossos planos e quando perdemos alguém, tão próximo, tão de repente, o mundo fica em suspenso, em forte neblina. Até que a pedra carregada, por mais pesada e pontiaguda que seja, se acomoda nas costas e passa a ser levada com certa normalidade. Seria essa uma das funções da esperança? Nos permitir caminhar em solo arenoso com passos mais confiantes, aguardando o oásis que um dia há de vir? "Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança." Estou tentando reaprender a caminhar, agora sem a pessoa que sempre esteve comigo, sempre esteve ali, que me conhecia a tal ponto de dizer: Ela não gosta disso... Ela não vai assim... Jamais ela usaria/faria isso... É engraçado como sentimos a falta apenas quando a pessoa não poderá estar jamais ali novamente. Estou tentando fazer a minha parte diante de dores que nunca senti e tocar a vida esperançosamente, trabalhando, estudando, levando meus projetos, amando... Tendo novas aventuras, forjando pequenos oásis em dias menos áridos. A vida está boa. Não vou incluir adversativas, fiquei aqui aprendendo isso também. Sabe, ninguém tem muita certeza de nada, ninguém pode cravar o que vai ser. Uns são mais otimistas - até demais para o meu gosto, outros mais céticos - a maioria, pelo que percebi, esperançosa. Boa parte do que entendemos de futuro não nos pertence, como planeta ou humanóides. O pedacinho que nos cabe, a gente carrega montanha acima todo dia, "sisifamente". Tentarei virar uma entendedora da esperança, talvez a mais útil das habilidades do futuro. Do presente. Montanha acima, vou contando para vocês. 3
Larissa C. G. B. Maçaneiro Postado 9 de Abril de 2025 Postado 9 de Abril de 2025 On 09/04/2025 at 18:11, Mayara Masae Kubota disse: Olá {H's}! Hoje aconteceu algo comigo que eu, instantaneamente peguei o celular para ligar para meu amigo e só me dei conta de que ele não atenderia quando caiu na caixa postal. Primeiro veio a vontade de mandar uma mensagem no whats o xingando... rsrsrsrs como sempre fazíamos quando um não atendia o outro, uma mensagem assim: (Hey, está dando na esquina para não atender a ligação sem ser por whats?) Tínhamos um código, se fosse importante, ligaríamos por ligação normal, sem ser por whats e se o outro não puder atender, manda a mensagem com o emoji 😶🌫️. Mas daí me dei conta que ele jamais atenderá novamente, ele morreu... E agora, depois de um mês, senti o vazio, o verdadeiro vazio, parece que a ficha caiu e eu senti tudo ao mesmo tempo. Respirei fundo e parei para refletir e me senti como o Sísifo de Albert Camus, empurrando a pedra ladeira acima e aprendendo a desfrutar seu destino, um vaivém infinito. Aprendendo a desfrutar a perda se é que isso é possível, mas não vejo outra forma de lidar com isso... Porque sempre, sempre surge uma pedra no meio do caminho! Por aqui, estou tentando trocar a autocomiseração por esperança, a esperança de um dia eu não pegar o celular como fiz hoje, mas apenas fechar os olhos e conversar com ele. Desde que ele se foi eu tenho estudado sobre esperança. Esperança como emoção e filosofia; sua diferença da fé, sua semelhança com o "sentimento do mundo" que eu acredito ser o mais importante numa época de tanta transformação e medo como temos vivido ultimamente. A pedra, a ideia de Sísifo, a poesia concreta da vida desfaz dos nossos planos e quando perdemos alguém, tão próximo, tão de repente, o mundo fica em suspenso, em forte neblina. Até que a pedra carregada, por mais pesada e pontiaguda que seja, se acomoda nas costas e passa a ser levada com certa normalidade. Seria essa uma das funções da esperança? Nos permitir caminhar em solo arenoso com passos mais confiantes, aguardando o oásis que um dia há de vir? "Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança." Estou tentando reaprender a caminhar, agora sem a pessoa que sempre esteve comigo, sempre esteve ali, que me conhecia a tal ponto de dizer: Ela não gosta disso... Ela não vai assim... Jamais ela usaria/faria isso... É engraçado como sentimos a falta apenas quando a pessoa não poderá estar jamais ali novamente. Estou tentando fazer a minha parte diante de dores que nunca senti e tocar a vida esperançosamente, trabalhando, estudando, levando meus projetos, amando... Tendo novas aventuras, forjando pequenos oásis em dias menos áridos. A vida está boa. Não vou incluir adversativas, fiquei aqui aprendendo isso também. Sabe, ninguém tem muita certeza de nada, ninguém pode cravar o que vai ser. Uns são mais otimistas - até demais para o meu gosto, outros mais céticos - a maioria, pelo que percebi, esperançosa. Boa parte do que entendemos de futuro não nos pertence, como planeta ou humanóides. O pedacinho que nos cabe, a gente carrega montanha acima todo dia, "sisifamente". Tentarei virar uma entendedora da esperança, talvez a mais útil das habilidades do futuro. Do presente. Montanha acima, vou contando para vocês. Esse é o texto mais profundo que já li sobre a perda de um ente querido.... Suas palavras realmente tocaram o coração e as lembranças... Não sei se podemos chamar de esperança, resiliência em seguir em frente ou uma nova forma de amar. Tem dias que o sentimento de vazio vem muito forte, mas isso vai se tornando mais suave com o tempo... Já perdi algumas pessoas que eu amo, e demorei muito pra aprender que eu tinha que continuar sorrindo e batalhando, por mim, pelos que ainda compartilham a jornada comigo e também por eles, que estão sentindo orgulho de onde quer que estejam... O amor transcende qualquer barreira ❤️ Sejamos gratos por todos os momentos que foram compartilhados com eles 🙏 2
Dani Olgas Postado 10 de Abril de 2025 Postado 10 de Abril de 2025 On 09/04/2025 at 18:11, Mayara Masae Kubota disse: Olá {H's}! Hoje aconteceu algo comigo que eu, instantaneamente peguei o celular para ligar para meu amigo e só me dei conta de que ele não atenderia quando caiu na caixa postal. Primeiro veio a vontade de mandar uma mensagem no whats o xingando... rsrsrsrs como sempre fazíamos quando um não atendia o outro, uma mensagem assim: (Hey, está dando na esquina para não atender a ligação sem ser por whats?) Tínhamos um código, se fosse importante, ligaríamos por ligação normal, sem ser por whats e se o outro não puder atender, manda a mensagem com o emoji 😶🌫️. Mas daí me dei conta que ele jamais atenderá novamente, ele morreu... E agora, depois de um mês, senti o vazio, o verdadeiro vazio, parece que a ficha caiu e eu senti tudo ao mesmo tempo. Respirei fundo e parei para refletir e me senti como o Sísifo de Albert Camus, empurrando a pedra ladeira acima e aprendendo a desfrutar seu destino, um vaivém infinito. Aprendendo a desfrutar a perda se é que isso é possível, mas não vejo outra forma de lidar com isso... Porque sempre, sempre surge uma pedra no meio do caminho! Por aqui, estou tentando trocar a autocomiseração por esperança, a esperança de um dia eu não pegar o celular como fiz hoje, mas apenas fechar os olhos e conversar com ele. Desde que ele se foi eu tenho estudado sobre esperança. Esperança como emoção e filosofia; sua diferença da fé, sua semelhança com o "sentimento do mundo" que eu acredito ser o mais importante numa época de tanta transformação e medo como temos vivido ultimamente. A pedra, a ideia de Sísifo, a poesia concreta da vida desfaz dos nossos planos e quando perdemos alguém, tão próximo, tão de repente, o mundo fica em suspenso, em forte neblina. Até que a pedra carregada, por mais pesada e pontiaguda que seja, se acomoda nas costas e passa a ser levada com certa normalidade. Seria essa uma das funções da esperança? Nos permitir caminhar em solo arenoso com passos mais confiantes, aguardando o oásis que um dia há de vir? "Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança." Estou tentando reaprender a caminhar, agora sem a pessoa que sempre esteve comigo, sempre esteve ali, que me conhecia a tal ponto de dizer: Ela não gosta disso... Ela não vai assim... Jamais ela usaria/faria isso... É engraçado como sentimos a falta apenas quando a pessoa não poderá estar jamais ali novamente. Estou tentando fazer a minha parte diante de dores que nunca senti e tocar a vida esperançosamente, trabalhando, estudando, levando meus projetos, amando... Tendo novas aventuras, forjando pequenos oásis em dias menos áridos. A vida está boa. Não vou incluir adversativas, fiquei aqui aprendendo isso também. Sabe, ninguém tem muita certeza de nada, ninguém pode cravar o que vai ser. Uns são mais otimistas - até demais para o meu gosto, outros mais céticos - a maioria, pelo que percebi, esperançosa. Boa parte do que entendemos de futuro não nos pertence, como planeta ou humanóides. O pedacinho que nos cabe, a gente carrega montanha acima todo dia, "sisifamente". Tentarei virar uma entendedora da esperança, talvez a mais útil das habilidades do futuro. Do presente. Montanha acima, vou contando para vocês. Texto emocionante. Sinta meu abraço May. 1
Mayara Masae Kubota Postado 11 de Abril de 2025 Author Postado 11 de Abril de 2025 On 10/04/2025 at 20:18, Dani Olgas disse: Texto emocionante. Sinta meu abraço May. Obrigada!!
Mayara Masae Kubota Postado 11 de Abril de 2025 Author Postado 11 de Abril de 2025 On 09/04/2025 at 20:58, Larissa C. G. B. Maçaneiro disse: Esse é o texto mais profundo que já li sobre a perda de um ente querido.... Suas palavras realmente tocaram o coração e as lembranças... Não sei se podemos chamar de esperança, resiliência em seguir em frente ou uma nova forma de amar. Tem dias que o sentimento de vazio vem muito forte, mas isso vai se tornando mais suave com o tempo... Já perdi algumas pessoas que eu amo, e demorei muito pra aprender que eu tinha que continuar sorrindo e batalhando, por mim, pelos que ainda compartilham a jornada comigo e também por eles, que estão sentindo orgulho de onde quer que estejam... O amor transcende qualquer barreira ❤️ Sejamos gratos por todos os momentos que foram compartilhados com eles 🙏 Penso eu que seja lá qual o significado ou a palavra que cada pessoa irá usar, o importante é continuar seguindo, porque uma vida terminou, mas a nossa deve continuar, justamente por causa do que você ressaltou, há pessoas que ainda estão aqui, vivenciando a vida com você, você precisa continuar por você em primeiro lugar, mas por eles também né? 1
Recommended Posts