Olá, comunidade!
Essa foi minha segunda atividade aqui no método PMP. E eu fui muito fiel à atividade proposta.
Mas alguns movimentos meus me trouxeram também alguns insights...
Primeiro, a distração. Fui fazer as contas (numa calculadora, claro, afinal sou psicóloga😁) de quantos quadradinhos eu tinha que pintar, pois minha idade não está descrita ali nas letrinhas pretas. Mostra como eu preciso ser mais objetiva, talvez. Ou menos ansiosa, quem sabe, e me preocupar com os últimos quadradinhos quando estivesse mais próximo. Será que isso diz um pouco da minha proatividade? rsrs... Ainda vou descobrir!
Depois, comecei a pintar os quadradinhos na vertical. Mas depois pensei: "a vida se faz com um passo (ou quadradinho) de cada vez e a vida só tem um fluxo - para frente." Fiquei pensando em quantas vezes nas minha vida já dei passos maiores que as minhas pernas e, como era de se esperar, caí. Ainda bem que me recuperei de todos os tombos, apesar que alguns deixaram alguns arranhões que me fazem lembrar dessas quedas de vez em quando.
O quanto temos, geralmente, um perfil imediatista, né? Queremos tudo rápido (assim como maratonamos uma série para saber seu final) e pra ontem. São movimentos aparentemente bobos e que fazemos sem perceber todos os dias. Pelo menos, eu faço.
Voltando então para a atividade, foi maravilhoso recordar tantas coisas e, apesar de todos os pesares (os pesos nos deixam mais fortes), tudo valeu muito. É muito bom olhar pra mim, para a minha origem, para os meus sonhos (alguns realizados, outros não e outros ainda... fracassados). Foram momentos difíceis, tristes, mas que fizeram uma pessoa melhor.
E olhando para o que virá (os quadradinhos em branco), fico feliz que ainda há muito para caminhar, aprender, repensar, ressignificar e, principalmente, sonhar. Ouvi uma vez de um poeta que "quem não sonha, não realiza" e creio ser por isso que o planejamento jamais pode acabar.
Acho pertinente terminar este post com o poema de Pablo Neruda, já me desculpando pelo tamanho da postagem.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
😘😘😘
IMG_4183.pdf