Mayara Masae Kubota Postado 5 de Maio de 2025 Postado 5 de Maio de 2025 Perceberam que antigamente o foco era se isso ou aquilo é instagramável ou não? Não que ainda não seja, mas perceberam que cada vez mais o próprio instagram prioriza o que é real? O dia a dia, sem muito enfeite, sem muita edição, vídeos e posts cada vez mais crus, por assim dizer. Eu estava em uma conversa bem intensa com uma amiga e ela contou que foi em um evento onde tudo lá era instagramável e que logo ela se cansou. Fiquei pensando, se cansou? Depois de muito pensar e discutir com ela entendi... Criar um evento, um almoço, uma social, uma festa ou qualquer coisa pensada pra agradar mais a quem recebe do que quem é convidado é cansativo para o convidado, porque ele não aproveita o ambiente, a experiência; são os seguidores dele quem aproveitam e nem tanto, afinal, nem estão lá de fato. Receber é a arte de fazer o outro se sentir no foco. A faladíssima experiência requer atenção, e se a atenção está dividida, a experiência também está. Imagina se sentir no foco e poder focar na própria experiência? Imagina se sentir confortável, acolhida, ouvida, em privacidade e em paz? Você se lembraria disso com um sorriso no rosto, certo? A sensação de sentir o foco em você, de ser importante... Lembrar vale quantos posts nessa terra de desmemórias e pequenos ranços virtuais? Me lembrei de uma fala da Bru Fioretti: Em terra de velhos instagramáveis, quem fica na memória é rei. Agora me conte, como você tem vivenciado as suas experiências e como você passa isso para seus seguidores? Eles aproveitam mais que você os momentos? 1
Stela Veiga Postado 5 de Maio de 2025 Postado 5 de Maio de 2025 On 05/05/2025 at 13:33, Mayara Masae Kubota disse: Perceberam que antigamente o foco era se isso ou aquilo é instagramável ou não? Não que ainda não seja, mas perceberam que cada vez mais o próprio instagram prioriza o que é real? O dia a dia, sem muito enfeite, sem muita edição, vídeos e posts cada vez mais crus, por assim dizer. Eu estava em uma conversa bem intensa com uma amiga e ela contou que foi em um evento onde tudo lá era instagramável e que logo ela se cansou. Fiquei pensando, se cansou? Depois de muito pensar e discutir com ela entendi... Criar um evento, um almoço, uma social, uma festa ou qualquer coisa pensada pra agradar mais a quem recebe do que quem é convidado é cansativo para o convidado, porque ele não aproveita o ambiente, a experiência; são os seguidores dele quem aproveitam e nem tanto, afinal, nem estão lá de fato. Receber é a arte de fazer o outro se sentir no foco. A faladíssima experiência requer atenção, e se a atenção está dividida, a experiência também está. Imagina se sentir no foco e poder focar na própria experiência? Imagina se sentir confortável, acolhida, ouvida, em privacidade e em paz? Você se lembraria disso com um sorriso no rosto, certo? A sensação de sentir o foco em você, de ser importante... Lembrar vale quantos posts nessa terra de desmemórias e pequenos ranços virtuais? Me lembrei de uma fala da Bru Fioretti: Em terra de velhos instagramáveis, quem fica na memória é rei. Agora me conte, como você tem vivenciado as suas experiências e como você passa isso para seus seguidores? Eles aproveitam mais que você os momentos? Os momentos mais vivos da minha vida são justamente aqueles em que estou longe do celular. E te confesso, May: encontrar um equilíbrio nisso é desafiador. Registrar a rotina, gravar o dia a dia… tudo isso acaba quebrando um pouco a magia do presente. Ao mesmo tempo, sei o quanto uma imagem bem feita pode tocar, inspirar e conectar. Tenho refletido muito sobre isso: como encontrar esse meio-termo tão necessário pra quem vive — e trabalha — com as redes.
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