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Perceberam que antigamente o foco era se isso ou aquilo é instagramável ou não?
Não que ainda não seja, mas perceberam que cada vez mais o próprio instagram prioriza o que é real?

O dia a dia, sem muito enfeite, sem muita edição, vídeos e posts cada vez mais crus, por assim dizer.
Eu estava em uma conversa bem intensa com uma amiga e ela contou que foi em um evento onde tudo lá era instagramável e que logo ela se cansou. Fiquei pensando, se cansou? 

Depois de muito pensar e discutir com ela entendi...  Criar um evento, um almoço, uma social, uma festa ou qualquer coisa pensada pra agradar mais a quem recebe do que quem é convidado é cansativo para o convidado, porque ele não aproveita o ambiente, a experiência; são os seguidores dele quem aproveitam e nem tanto, afinal, nem estão lá de fato.

Receber é a arte de fazer o outro se sentir no foco. A faladíssima experiência requer atenção, e se a atenção está dividida, a experiência também está. Imagina se sentir no foco e poder focar na própria experiência? Imagina se sentir confortável, acolhida, ouvida, em privacidade e em paz?

Você se lembraria disso com um sorriso no rosto, certo? A sensação de sentir o foco em você, de ser importante...

Lembrar vale quantos posts nessa terra de desmemórias e pequenos ranços virtuais?
Me lembrei de uma fala da Bru Fioretti: Em terra de velhos instagramáveis, quem fica na memória é rei.

Agora me conte, como você tem vivenciado as suas experiências e como você passa isso para seus seguidores? Eles aproveitam mais que você os momentos?

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On 05/05/2025 at 13:33, Mayara Masae Kubota disse:

Perceberam que antigamente o foco era se isso ou aquilo é instagramável ou não?
Não que ainda não seja, mas perceberam que cada vez mais o próprio instagram prioriza o que é real?

O dia a dia, sem muito enfeite, sem muita edição, vídeos e posts cada vez mais crus, por assim dizer.
Eu estava em uma conversa bem intensa com uma amiga e ela contou que foi em um evento onde tudo lá era instagramável e que logo ela se cansou. Fiquei pensando, se cansou? 

Depois de muito pensar e discutir com ela entendi...  Criar um evento, um almoço, uma social, uma festa ou qualquer coisa pensada pra agradar mais a quem recebe do que quem é convidado é cansativo para o convidado, porque ele não aproveita o ambiente, a experiência; são os seguidores dele quem aproveitam e nem tanto, afinal, nem estão lá de fato.

Receber é a arte de fazer o outro se sentir no foco. A faladíssima experiência requer atenção, e se a atenção está dividida, a experiência também está. Imagina se sentir no foco e poder focar na própria experiência? Imagina se sentir confortável, acolhida, ouvida, em privacidade e em paz?

Você se lembraria disso com um sorriso no rosto, certo? A sensação de sentir o foco em você, de ser importante...

Lembrar vale quantos posts nessa terra de desmemórias e pequenos ranços virtuais?
Me lembrei de uma fala da Bru Fioretti: Em terra de velhos instagramáveis, quem fica na memória é rei.

Agora me conte, como você tem vivenciado as suas experiências e como você passa isso para seus seguidores? Eles aproveitam mais que você os momentos?

Os momentos mais vivos da minha vida são justamente aqueles em que estou longe do celular. E te confesso, May: encontrar um equilíbrio nisso é desafiador. Registrar a rotina, gravar o dia a dia… tudo isso acaba quebrando um pouco a magia do presente. Ao mesmo tempo, sei o quanto uma imagem bem feita pode tocar, inspirar e conectar. Tenho refletido muito sobre isso: como encontrar esse meio-termo tão necessário pra quem vive — e trabalha — com as redes.

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On 05/05/2025 at 16:22, Stela Veiga disse:

Os momentos mais vivos da minha vida são justamente aqueles em que estou longe do celular. E te confesso, May: encontrar um equilíbrio nisso é desafiador. Registrar a rotina, gravar o dia a dia… tudo isso acaba quebrando um pouco a magia do presente. Ao mesmo tempo, sei o quanto uma imagem bem feita pode tocar, inspirar e conectar. Tenho refletido muito sobre isso: como encontrar esse meio-termo tão necessário pra quem vive — e trabalha — com as redes.

Sabe uma coisa interessante dessa agência de turismo que estou fazendo as viagens do hobby?
Eles prezam você se desconectar do celular, então, eles pedem que ao iniciarmos a viagem, deixemos o celular desligado dentro de uma bolsa que ficará em segurança dentro da Van (não é obrigatório). Para que possamos apreciar o momento presente sem distrações das redes, e eles ficam responsáveis pelas fotos. Então quando você quiser uma foto, basta pedir para eles. 

Sem contar que eles levam as câmeras profissionais, drones, e outras coisas para ter todo o cuidado para captar as melhores fotos dos melhores momentos. Eu ainda não postei as fotos e vídeos do pico agudo porque preciso escolher (foram mais de 20 vídeos e mais de 100 fotos só minhas! kkkkkkkkkkkkkk).

Na última viagem, que foi a escalada do pico agudo, eu fiquei impressionada com o amanhecer, e teve uma hora, que foi meio que instintivamente, eu fui pegar o celular e ele não estava no bolso. Daí eu lembrei que eu nem estava com o celular. Fiquei pensando se eu teria aproveitado tanto quanto aproveitei se eu estivesse preocupada em gravar stories, tirar fotos e fazer vídeos para serem editados e postados posteriormente.

Todo mundo tomou o café da manhã conversando e dando boas risada, será que se estivessem todos com o celular, estaríamos conversando e dando risadas?

Mas, resumindo rsrsrss
Eu gostei muito dessa ideia que eles pregam de se conectar com o momento presente sem celular, acho que a conexão fica mais no agora, mais intensa, e você aproveita bem mais. Dá um descanso para a mente e as lembranças ficam mais marcantes sabe? 
Estou tentando me desconectar mais, não apenas nas viagens, mas também no dia a dia, mas como você mencionou, é difícil quando se trabalha com as redes socias. Mas vamos tentando!

Editado por Mayara Masae Kubota
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