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A transição de carreira nos une


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  • Equipe PMP (Admin)

Nesta terça, dia 22/07, aqui na comunidade, vai rolar uma aula com uma super convidada, a Cecília Barreto. A Ciça é neurocientista e especialista em carreira.

Ela preparou uma aula sobre como tomar decisões na carreira, independente da fase da vida que estamos.
Eu tava refletindo sobre esse tema e me toquei como é poderoso falarmos sobre isso.

Vira e mexe a gente vê alguém questionando se é tarde para mudar de carreira lá nos stories da Dani ou ainda se é melhor "garantir" o CLT ao invés de seguir um sonho... já tive tantas carreiras e posso dizer que tudo isso pega REAL! (aí também? 🫠)
 

Comigo aconteceu assim: eu comecei a fazer doces para ter renda extra enquanto trabalhava há muitos anos na área de negócios.
Os motivos eram muitos para eu querer fazer renda extra, mas não era um plano transformar isso em carreira.

As pessoas me diziam: "você é boa, vai dar certo, se joga." 

E eu pensava: "quem garante? e se não der, o que faço? Melhor eu seguir aqui nessa empresa onde estou há 7 anos porque estou mais perto de "dar certo". Começar do zero é loucura". Eu não estava mais feliz mas não queria desistir de tudo que havia construido. 

Eis que veio a pandemia e a empresa demitiu quase todo mundo, eu amei! Queria sair mas não tinha CORAGEM de tomar uma decisão. Veja bem a ironia, amanhã a aula é sobre o que mesmo? haha A Débora de 2020 precisava ter visto isso lá atrás. 

Essa não foi minha única transição de carreira, mas a que veio depois dessa já foi bem mais consciente e planejada. Ao invés de me desesperar pela idade (a transição mais recente eu fiz aos 36) eu consegui enxergar que o que eu estava fazendo não era desistir da carreira anterior mas sim escolher a nova (trazando um tanto de bagagem de VIDA junto).

Olha o poder disso, de dar outro significado pros eventos a partir da observação da realidade. Demais, né?

Me conte a sua história de transição também! Ter essa troca é tão importante pra quem ainda não queimou a ponte.

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On 22/07/2024 at 19:20, Débora Sanders disse:

Me conte a sua história de transição também! Ter essa troca é tão importante pra quem ainda não queimou a ponte.

Pensando aqui por qual transição eu começo...kkkkkk
mas vamos começar do começo. 

Dos 16 aos 26 fui professora. Já dei aulas de redação, espanhol, sociologia e filosofia (como concursada no Estado), além de inglês, do infantil ao 5° ano do fundamental. 

Larguei meu cargo de professora para estudar pra OAB e, enquanto isso, fui produtora cultural no Centro Cultural do Banco do Nordeste, onde conheci meu marido. Saí do meu emprego pra me relacionar com ele (pra não configurar nepotismo) e comecei a advogar em 2015. 

Em 2018, quando nasceu minha primeira filha, larguei a advocacia pra ser mãe em tempo integral. Em alguns meses percebi que aquela dinâmica não funcionaria pra mim e passei a fazer bolos em casa, pra vender pros conhecidos. 
O negócio foi crescendo e criei a @afeteria_, uma confeitaria especializada em bolos 'afetivos'. Sabe aquelas receitas do fundo do baú, passadas de geração pra geração? Resgatei as receitas da minha infância, dos livros das minhas tias e criava releituras delas. Também ganhei muito dinheiro com o bolo Toalha Felpuda da Dani Noce, inclusive, recomendo! Melhor receita da vida!

A Afeteria ia de vento em popa, quando veio a pandemia. E aí eu perdi a mão. Nem foi tanto a falta de clientes, que graças a Deus sempre foram presentes. Foi esgotamento meu mesmo...físico, mental...Além disso há um tempo eu 'ouvia' o Direito me chamando de novo. Sentia falta da rotina do escritório, do contato com as pessoas, de ouvir as histórias e buscar solução para cada caso. Percebi que trabalhar de casa não me fazia feliz. Queria mais. Aí me vi grávida de gêmeos, com uma filha de 3 anos, marido e só. Sem rede de apoio, em uma cidade distante da minha 80km.

Decidimos voltar pra minha cidade natal, para ficarmos perto de minha família e ter ajuda com os gêmeos e a mais velha. Voltei pro escritório e voltei a advogar. Mas, com quase 3 meses de gestação, perdi os bebês. Tive alguns dias nebulosos, mas saí deles trabalhando. Cuidar de minha filha e 'reaprender' a advogar ocuparam minha mente e tornaram o luto mais fácil.

3 meses depois, estava grávida de novo. Decidi trabalhar durante toda a gestação. Trabalhei até o dia que minha segunda filha nasceu e, assim que acabou a licença maternidade, voltei a trabalhar. o Direito, de certa forma, me salvou. Tenho convicção que nasci pra isso e é através dessa profissão que quero impactar a vida das pessoas. Hoje me sinto realizada. Não que eu tenha conquistado tudo que quero, mas sinto que estou no meu lugar, no caminho certo e sigo 'curtindo o processo' em busca de alcançar minhas metas. 

Fazer isso na companhia de vocês é incrível! 

 

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On 22/07/2024 at 19:20, Débora Sanders disse:

Nesta terça, dia 22/07, aqui na comunidade, vai rolar uma aula com uma super convidada, a Cecília Barreto. A Ciça é neurocientista e especialista em carreira.

Ela preparou uma aula sobre como tomar decisões na carreira, independente da fase da vida que estamos.
Eu tava refletindo sobre esse tema e me toquei como é poderoso falarmos sobre isso.

Vira e mexe a gente vê alguém questionando se é tarde para mudar de carreira lá nos stories da Dani ou ainda se é melhor "garantir" o CLT ao invés de seguir um sonho... já tive tantas carreiras e posso dizer que tudo isso pega REAL! (aí também? 🫠)
 

Comigo aconteceu assim: eu comecei a fazer doces para ter renda extra enquanto trabalhava há muitos anos na área de negócios.
Os motivos eram muitos para eu querer fazer renda extra, mas não era um plano transformar isso em carreira.

As pessoas me diziam: "você é boa, vai dar certo, se joga." 

E eu pensava: "quem garante? e se não der, o que faço? Melhor eu seguir aqui nessa empresa onde estou há 7 anos porque estou mais perto de "dar certo". Começar do zero é loucura". Eu não estava mais feliz mas não queria desistir de tudo que havia construido. 

Eis que veio a pandemia e a empresa demitiu quase todo mundo, eu amei! Queria sair mas não tinha CORAGEM de tomar uma decisão. Veja bem a ironia, amanhã a aula é sobre o que mesmo? haha A Débora de 2020 precisava ter visto isso lá atrás. 

Essa não foi minha única transição de carreira, mas a que veio depois dessa já foi bem mais consciente e planejada. Ao invés de me desesperar pela idade (a transição mais recente eu fiz aos 36) eu consegui enxergar que o que eu estava fazendo não era desistir da carreira anterior mas sim escolher a nova (trazando um tanto de bagagem de VIDA junto).

Olha o poder disso, de dar outro significado pros eventos a partir da observação da realidade. Demais, né?

Me conte a sua história de transição também! Ter essa troca é tão importante pra quem ainda não queimou a ponte.

@Débora Sanders você está tão ansiosa por esse conteúdo riquíssimo quanto eu, que colocou ontem que seria na terça mas com a data 22/07 e eu ontem entrei aqui para assisti hahaha, conteúdo mega esperado! 

 

Até mais tarde ❤

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  • Equipe PMP (Admin)
On 22/07/2024 at 22:01, Jéssica disse:

Pensando aqui por qual transição eu começo...kkkkkk
mas vamos começar do começo. 

Dos 16 aos 26 fui professora. Já dei aulas de redação, espanhol, sociologia e filosofia (como concursada no Estado), além de inglês, do infantil ao 5° ano do fundamental. 

Larguei meu cargo de professora para estudar pra OAB e, enquanto isso, fui produtora cultural no Centro Cultural do Banco do Nordeste, onde conheci meu marido. Saí do meu emprego pra me relacionar com ele (pra não configurar nepotismo) e comecei a advogar em 2015. 

Em 2018, quando nasceu minha primeira filha, larguei a advocacia pra ser mãe em tempo integral. Em alguns meses percebi que aquela dinâmica não funcionaria pra mim e passei a fazer bolos em casa, pra vender pros conhecidos. 
O negócio foi crescendo e criei a @afeteria_, uma confeitaria especializada em bolos 'afetivos'. Sabe aquelas receitas do fundo do baú, passadas de geração pra geração? Resgatei as receitas da minha infância, dos livros das minhas tias e criava releituras delas. Também ganhei muito dinheiro com o bolo Toalha Felpuda da Dani Noce, inclusive, recomendo! Melhor receita da vida!

A Afeteria ia de vento em popa, quando veio a pandemia. E aí eu perdi a mão. Nem foi tanto a falta de clientes, que graças a Deus sempre foram presentes. Foi esgotamento meu mesmo...físico, mental...Além disso há um tempo eu 'ouvia' o Direito me chamando de novo. Sentia falta da rotina do escritório, do contato com as pessoas, de ouvir as histórias e buscar solução para cada caso. Percebi que trabalhar de casa não me fazia feliz. Queria mais. Aí me vi grávida de gêmeos, com uma filha de 3 anos, marido e só. Sem rede de apoio, em uma cidade distante da minha 80km.

Decidimos voltar pra minha cidade natal, para ficarmos perto de minha família e ter ajuda com os gêmeos e a mais velha. Voltei pro escritório e voltei a advogar. Mas, com quase 3 meses de gestação, perdi os bebês. Tive alguns dias nebulosos, mas saí deles trabalhando. Cuidar de minha filha e 'reaprender' a advogar ocuparam minha mente e tornaram o luto mais fácil.

3 meses depois, estava grávida de novo. Decidi trabalhar durante toda a gestação. Trabalhei até o dia que minha segunda filha nasceu e, assim que acabou a licença maternidade, voltei a trabalhar. o Direito, de certa forma, me salvou. Tenho convicção que nasci pra isso e é através dessa profissão que quero impactar a vida das pessoas. Hoje me sinto realizada. Não que eu tenha conquistado tudo que quero, mas sinto que estou no meu lugar, no caminho certo e sigo 'curtindo o processo' em busca de alcançar minhas metas. 

Fazer isso na companhia de vocês é incrível! 

 

Por qual transição eu começo kkkkkkk

Eu já tinha lido partes da sua história mas nunca sob essa perspectiva. Que incrível tudo que te fez ser quem é hoje. Parabéns pela trajetória, é inspirador ver o tanto que se reinventou. Não há dúvidas que você é uma fazedora e ter feito transição de carreira várias vezes só confirma que você faz o que tem que ser feito.

 

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  • Equipe PMP (Admin)
On 23/07/2024 at 09:39, Joane Priscilla Teixeira De Lima disse:

@Débora Sanders você está tão ansiosa por esse conteúdo riquíssimo quanto eu, que colocou ontem que seria na terça mas com a data 22/07 e eu ontem entrei aqui para assisti hahaha, conteúdo mega esperado! 

 

Até mais tarde ❤

DE-MAIS! 🙋‍♀️

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On 22/07/2024 at 19:20, Débora Sanders disse:

Nesta terça, dia 22/07, aqui na comunidade, vai rolar uma aula com uma super convidada, a Cecília Barreto. A Ciça é neurocientista e especialista em carreira.

Ela preparou uma aula sobre como tomar decisões na carreira, independente da fase da vida que estamos.
Eu tava refletindo sobre esse tema e me toquei como é poderoso falarmos sobre isso.

Vira e mexe a gente vê alguém questionando se é tarde para mudar de carreira lá nos stories da Dani ou ainda se é melhor "garantir" o CLT ao invés de seguir um sonho... já tive tantas carreiras e posso dizer que tudo isso pega REAL! (aí também? 🫠)
 

Comigo aconteceu assim: eu comecei a fazer doces para ter renda extra enquanto trabalhava há muitos anos na área de negócios.
Os motivos eram muitos para eu querer fazer renda extra, mas não era um plano transformar isso em carreira.

As pessoas me diziam: "você é boa, vai dar certo, se joga." 

E eu pensava: "quem garante? e se não der, o que faço? Melhor eu seguir aqui nessa empresa onde estou há 7 anos porque estou mais perto de "dar certo". Começar do zero é loucura". Eu não estava mais feliz mas não queria desistir de tudo que havia construido. 

Eis que veio a pandemia e a empresa demitiu quase todo mundo, eu amei! Queria sair mas não tinha CORAGEM de tomar uma decisão. Veja bem a ironia, amanhã a aula é sobre o que mesmo? haha A Débora de 2020 precisava ter visto isso lá atrás. 

Essa não foi minha única transição de carreira, mas a que veio depois dessa já foi bem mais consciente e planejada. Ao invés de me desesperar pela idade (a transição mais recente eu fiz aos 36) eu consegui enxergar que o que eu estava fazendo não era desistir da carreira anterior mas sim escolher a nova (trazando um tanto de bagagem de VIDA junto).

Olha o poder disso, de dar outro significado pros eventos a partir da observação da realidade. Demais, né?

Me conte a sua história de transição também! Ter essa troca é tão importante pra quem ainda não queimou a ponte.

Eu também fiquei aqui pensando por onde começava esse texto.🤔

Comecei trabalhando aos 16 anos, eu sempre gostei de brincar de escritório, e meu sonho era trabalhar em um, não falava em profissão, mas teria que ser em um escritório.

E com 16 fui trabalhar de assistente de escritório, e com 17 fui contratada para ser secretária de gerência na BR Distribuidora - Petrobras. Uma empresa gigante que para uma adolescente, me senti realizada, ganhava bem, muitos benefícios e um ambiente de trabalho maravilhoso. Eu amava entrar naquele prédio. Me sentia realizada e a cara da riqueza. 🤣

Em seguida ingressei para faculdade e fui fazer administração, e aí a ficha começou a cair. Eu sempre amei cozinhar, comecei na cozinha com 13 anos e já elaborava pratos, meus programas favoritos eram de culinária, naquela época eram poucos e com uma pegada completamente diferente de hoje. O ambiente ADM na empresa começou a ficar tão distante de mim, mas o financeiro era importante, na época ainda morava na casa dos meus pais.

Tranquei a faculdade, sai da Petrobras e fui fazer bolos e doces para vender, minha mãe achou um absurdo, a situação ficou caótica, voltei para o mercado de trabalho em escritório. Fui trabalhar como secretária na Bandeirante, minha paixão pela cozinha, realizava em organizar todas as festas de aniversariantes do mês, levando bolos e doces.

Comecei a fazer faculdade de Design, sustentei o trabalho durante aos longos dos anos. Terminei a faculdade, saí da Bandeirante e fui fazer quentinhas gourmet. Fiquei por algum tempo nisso, o negócio ia bem, morava com a minha mãe e todos os dias ela reclamava de estar ocupando a cozinha. Já estava com 25 anos, foi tanta pressão, que tive que encerrar. Na época já namorava o meu marido e fui morar com ele.

Comecei a fazer bijouterias e participar de feiras grandes e conceituadas na moda, aqui no Rj. Abri uma loja de roupas e bijoux. Engravidei e me separei. Meu marido, na época namorado, era meu sócio. Nos separamos a loja fechou. Vivi o luto de uma separação, sem trabalho e sem dinheiro.

Minha filha nasceu, casei com meu ex-namorado, ex-sócio, pai da minha filha, que se tornou marido e é até hoje.😍 

E a paixão pela cozinha gritava, comecei a vender brigadeiros gourmet, na época ainda não tinha em qualquer esquina, ia para SP comprar chocolate Belga. Vendi muito e fiz vários trabalhos em grandes marcas da moda com meus brigadeiros. Estudei sobre o conceito finger food e sobre alimentação saudável. Com isso nasceu o buffet com conceito inovador de festas infantis saudáveis no Rj. O negócio cresceu muito, comecei a fazer festas de artistas e atingir pessoas que nunca imaginei. Foram uma década e mais um pouco trabalhando, estava casada, já não estava mais na cozinha do buffet, eu só administrava. O desejo de encerrar já existia, mas estava presa ao financeiro. A pandemia chegou e me fez parar. Tudo que queria antes, mas não tive coragem. Ah! um pouco antes da pandemia abri uma empresa de comidas veganas, orgânicas congeladas. Mas tive problemas com a sociedade e encerramos em 1 ano.

Na pandemia, comprei o Super Poder e fui estudar marketing com Paulo. Aproveitei a minha formação de Health coach e chef natural e fui falar sobre saúde integral, criei um produto digital e depois comecei a ajudar amigas com marketing e lançarem produtos.

Estudei mais sobre o assunto e fui para os bastidores, mas sempre gostei de compartilhar o meu estilo de vida no instagram. Continuei por lá, meu marido e eu estudamos tráfego com Sobral, estratégias com Aguiari e também fiz um curso de neurociências.

E cá estou, construindo toda essa história e apaixonada porque tudo que está acontecendo na minha vida profissional hoje.

Todas essas fases constroem a pessoa que sou. Tudo isso me preparou para estar nesse momento tão incrível na minha vida profissional. 

Sigo no processo dessa construção e muito feliz por todas as oportunidades que estão chegando, inclusive estar aqui com vocês.

Foi gostoso escrever tudo isso aqui. ❤️

Seguimos juntas! Ansiosa para hoje.

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  • Equipe PMP (Admin)
On 23/07/2024 at 15:27, Danielle Ribeiro De Souza disse:

Eu também fiquei aqui pensando por onde começava esse texto.🤔

Comecei trabalhando aos 16 anos, eu sempre gostei de brincar de escritório, e meu sonho era trabalhar em um, não falava em profissão, mas teria que ser em um escritório.

E com 16 fui trabalhar de assistente de escritório, e com 17 fui contratada para ser secretária de gerência na BR Distribuidora - Petrobras. Uma empresa gigante que para uma adolescente, me senti realizada, ganhava bem, muitos benefícios e um ambiente de trabalho maravilhoso. Eu amava entrar naquele prédio. Me sentia realizada e a cara da riqueza. 🤣

Em seguida ingressei para faculdade e fui fazer administração, e aí a ficha começou a cair. Eu sempre amei cozinhar, comecei na cozinha com 13 anos e já elaborava pratos, meus programas favoritos eram de culinária, naquela época eram poucos e com uma pegada completamente diferente de hoje. O ambiente ADM na empresa começou a ficar tão distante de mim, mas o financeiro era importante, na época ainda morava na casa dos meus pais.

Tranquei a faculdade, sai da Petrobras e fui fazer bolos e doces para vender, minha mãe achou um absurdo, a situação ficou caótica, voltei para o mercado de trabalho em escritório. Fui trabalhar como secretária na Bandeirante, minha paixão pela cozinha, realizava em organizar todas as festas de aniversariantes do mês, levando bolos e doces.

Comecei a fazer faculdade de Design, sustentei o trabalho durante aos longos dos anos. Terminei a faculdade, saí da Bandeirante e fui fazer quentinhas gourmet. Fiquei por algum tempo nisso, o negócio ia bem, morava com a minha mãe e todos os dias ela reclamava de estar ocupando a cozinha. Já estava com 25 anos, foi tanta pressão, que tive que encerrar. Na época já namorava o meu marido e fui morar com ele.

Comecei a fazer bijouterias e participar de feiras grandes e conceituadas na moda, aqui no Rj. Abri uma loja de roupas e bijoux. Engravidei e me separei. Meu marido, na época namorado, era meu sócio. Nos separamos a loja fechou. Vivi o luto de uma separação, sem trabalho e sem dinheiro.

Minha filha nasceu, casei com meu ex-namorado, ex-sócio, pai da minha filha, que se tornou marido e é até hoje.😍 

E a paixão pela cozinha gritava, comecei a vender brigadeiros gourmet, na época ainda não tinha em qualquer esquina, ia para SP comprar chocolate Belga. Vendi muito e fiz vários trabalhos em grandes marcas da moda com meus brigadeiros. Estudei sobre o conceito finger food e sobre alimentação saudável. Com isso nasceu o buffet com conceito inovador de festas infantis saudáveis no Rj. O negócio cresceu muito, comecei a fazer festas de artistas e atingir pessoas que nunca imaginei. Foram uma década e mais um pouco trabalhando, estava casada, já não estava mais na cozinha do buffet, eu só administrava. O desejo de encerrar já existia, mas estava presa ao financeiro. A pandemia chegou e me fez parar. Tudo que queria antes, mas não tive coragem. Ah! um pouco antes da pandemia abri uma empresa de comidas veganas, orgânicas congeladas. Mas tive problemas com a sociedade e encerramos em 1 ano.

Na pandemia, comprei o Super Poder e fui estudar marketing com Paulo. Aproveitei a minha formação de Health coach e chef natural e fui falar sobre saúde integral, criei um produto digital e depois comecei a ajudar amigas com marketing e lançarem produtos.

Estudei mais sobre o assunto e fui para os bastidores, mas sempre gostei de compartilhar o meu estilo de vida no instagram. Continuei por lá, meu marido e eu estudamos tráfego com Sobral, estratégias com Aguiari e também fiz um curso de neurociências.

E cá estou, construindo toda essa história e apaixonada porque tudo que está acontecendo na minha vida profissional hoje.

Todas essas fases constroem a pessoa que sou. Tudo isso me preparou para estar nesse momento tão incrível na minha vida profissional. 

Sigo no processo dessa construção e muito feliz por todas as oportunidades que estão chegando, inclusive estar aqui com vocês.

Foi gostoso escrever tudo isso aqui. ❤️

Seguimos juntas! Ansiosa para hoje.

Que lindo você terminar com: foi gostoso escrever tudo isso aqui. É incrível se enxergar em cada decisão e pensar "que orgulho de ter vivido isso, ter decidido isso". Que esse sentimento de estar apaixonada pelo hoje siga por muitos e muitos anos, Dani. A sensação de estar "apenas" começando é um privilégio! 

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On 23/07/2024 at 22:10, Débora Sanders disse:

Que lindo você terminar com: foi gostoso escrever tudo isso aqui. É incrível se enxergar em cada decisão e pensar "que orgulho de ter vivido isso, ter decidido isso". Que esse sentimento de estar apaixonada pelo hoje siga por muitos e muitos anos, Dani. A sensação de estar "apenas" começando é um privilégio! 

Sim! Foi exatamente o que senti, um baita orgulho de mim. E sem pesar algum, tudo que vivi, até as escolhas que podem ter sido erradas, no final eram as certas para construir tudo que estou vivendo.

Essa sensação de estar apenas começando é um néctar para a vida.

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Vou começar contando que eu nunca fiz realmente uma transição de carreira. Quando era criança eu pensei em ser economista ou trabalhar me mercado de capitais, nem sei de onde tirei isso, uma vez que nunca gostei de trabalhar analisando dados.

Meu pai é corretor de imóveis desde que eu me reconheço por ser gente, ou seja, desde os meus 5 anos de idade. E eu sempre gostei da dinâmica da vida dele, de todo dia ter algo diferente para fazer e de conhecer pessoas novas o tempo todo.

Ele anunciava os imóveis no telefone fixo de casa (nessa época era muito caro ligar para celular), nos períodos que estava sem imobiliária fixa, eu devia ter uns 12 anos. Eu atendia essas ligações e passava informações e anotava os recados, acho que nessa época posso dizer que trabalhei como secretária. hahahaha.

Com 16 anos comecei a fazer estágio nos Correios, nessa época eu fazia uns controles de rodagem dos carros e aprendi a usar o excel. Nós tínhamos computador em casa, mas eu só usava para jogar ou fazer tarefas de casa, ainda não existia o Google, na verdade o meu primeiro computador nem Windows tinha. Cheguei a conclusão que não gostava muito de trabalhar controlando números.

Dai em diante passei a trabalhar com o meu pai no escritório dele, cuidando da carteira de locação e mostrando imóveis. Por um período briguei com o meu pai e fui vender Barsa e curso de inglês. Não deixei de ser vendedora, né?

Trabalhei em outra imobiliária e montei a carteira de aluguel deles do zero, 3 anos depois quando sai de lá, eles tinham 400 imóveis sob administração da imobiliária, na época eu achei que era um excelente resultado.

Em 2007  tirei o meu Creci, virei oficialmente corretora de imóveis, fiz faculdade de administração e resolvemos montar a nossa empresa, separando o caixa da empresa do nosso caixa pessoal e finalmente fizemos o nosso CNPJ. 

Estou aqui até hoje cuidando da nossa empresa, mas agora além de ser corretora e administradora de imóveis, eu sou empresária e responsável pela gestão de funcionários, precisei aprender contabilidade e vários impostos, administração financeira e assim vai. 

Nem sempre mudamos de carreira, mas a vida mostra que sempre precisamos aprender outras habilidades.

 

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